A sonhada terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, ligando o Planalto à Baixada Santista, tem sua previsão de entrega em 2031. Porém, a concessionária Ecovias Imigrantes, responsável pela projeto, conta com o empenho da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para acelerar o licenciamento ambiental e tentar diminuir esse tempo. Quem afirma é o diretor-superintendente da Ecovias Imigrantes, Ronald Marangon.
Ele participou, nesta quinta (10), do 1º Santos Grain Day, evento em parceria da Associação Comercial de Santos (ACS) com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), realizado no auditório da ACS.
“A gente tem o apoio total do Governo do Estado. Em um projeto tão importante como esse, contamos com o empenho muito forte da Cetesb, com toda a sua diretoria e equipe técnica, para fazer no menor tempo possível. Então, buscamos esse prazo junto com todos os entes”, afirma.
Ele lembra que o chamado projeto funcional da obra já foi entregue ao Governo Estadual. “Agora, está no detalhamento, que a gente chama de projeto básico e projeto executivo, com a metodologia construtiva, parte de geologia, geotecnia e geometria da pista. Enfim, como devem ser feitas as tecnologias envolvidas para a entrega desse projeto até 2026. E, paralelamente, a gente vem em uma frente junto à Cetesb para o licenciamento ambiental”, acrescenta Marangon.
Diante do aumento na movimentação de cargas no Porto que acontece todo ano, o risco de ser insuficiente mesmo antes de sua inauguração existe. Porém, o diretor da Ecovias lembra que uma obra complexa como a terceira pista exige um cuidado especial, da concepção à realização. “É um projeto que tem que ser desenvolvido com cuidado, com a melhor engenharia possível e isso leva esse tempo. Os tempos utilizados para o desenvolvimento desse projeto, que a Ecovias tem feito, são ainda muito menores do que normalmente se faz”, aponta.

Vocação
De acordo com Marangon, trata-se de um projeto “vocacionado para o tráfego de veículos comerciais e ônibus”, sendo mais uma opção para que os caminhões possam descer a Serra.
Com 21,5 quilômetros de extensão, a futura pista é composta prioritariamente por túneis, que somam 17 quilômetros (80% de todo trajeto), além de 4 quilômetros de viadutos. Um dos túneis terá cerca de seis quilômetros de extensão, tornando-se a maior estrutura desse tipo no Brasil.
“Estamos no meio de uma floresta tropical. Então, queremos um projeto que cause o mínimo impacto ambiental possível. Para isso, a noção de utilização de túneis é extremamente importante, porque a gente desmata menos no trecho de Serra”, acrescenta o diretor.
Ele ressalta, ainda, a interligação com o atual Sistema Anchieta-Imigrantes. “Quando pensamos no sistema, a gente pensa em operações, em usá-lo realmente como um sistema. Dar mais capacidade de tráfego em um dos sentidos conforme a necessidade”.
A nova pista terá início no quilômetro 43 da Imigrantes (SP-160), permitindo o acesso pelo Rodoanel Mario Covas (SP-021). Na Baixada, a conexão será no quilômetro 265 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), próximo ao Polo de Cubatão.
A inclinação média será de 4%, possibilitando o tráfego seguro de veículos pesados. Túneis paralelos de emergência também estão previstos.
“Essa pista ficará praticamente equidistante das margens Direita e Esquerda do Porto, possibilitando um balanceamento de tráfego nas rodovias na Baixada”.
Soja
A soja continuará sendo uma das principais commodities exportadas pelo Brasil, segundo André Pessoa, presidente da consultoria Agroconsult. Ele, responsável pelo Rally da Safra, um projeto que vai a campo de janeiro a junho para avaliar a safra de soja e milho em mais de 32 mil lavouras, afirma que, embora uma boa parte da soja já tenha sido colhida, há produção que será colhida em outro momento. O total da safra é estimado em 172,1 milhões de toneladas.
Fonte: A Tribuna
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